quinta-feira, 22 de abril de 2010

NOITE MORNA




O apagar das luzes devorou a minha alma, intensa e faminta por tua carne doce. Vi em teus olhos a fúria e o desejo de me ter dentro de ti. Rendi-me aos teus lábios quentes como o sol do meio dia. Percorri pelo teu corpo com a inocência de uma criança. Descobri sensações e fragrâncias inigualáveis. Arrepiei-me ao sentir a tua respiração morna e ofegante no meu pescoço e ouvidos. Éramos um só. Dois corpos unidos e compatíveis. Éramos o cair da noite e o amanhecer do dia. Éramos fim de tarde, cigarros e café.
Éramos nós, o embalo das horas. Seríamos nós, o renascer.

2 comentários:

  1. Oi,,,
    Gostei muito dos seus textos..
    E por ironia o meu blog é seu chará... rsrs...
    Legal.

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  2. O renascer do improvável, com a essencia de quimera que invade minhas fantasias, misturando-se ao meu torpor, o desejo de adentrar na lógica, me tornando lembrança e fugindo da crueldade que mora na minha razão.

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