sexta-feira, 14 de maio de 2010

A NOITE DO CHORINHO




O homem de feição simplificada e harmoniosa encantou a noite de uma quinta-feira chuvosa. O céu vestia cobre, e banhava as árvores, inquietas e provocadas pelo vento. De cabelos compridos e escuros, pele morena e vestimentas informais, o rapaz, praticamente acoplado ao seu cavaco, cor creme, se desmanchou em chorinho. Junto de seus dois companheiros, acompanhados de um violão e uma bateria, invadiu o ar de samba, e deu voz àquele instrumento, dono de uma língua indecifrável. No momento eram um só. Músico e “cavaquinho”, deixando aos pouquinhos, o meu eu fluir.

Um comentário:

  1. O transcender fez das notas e minh'alma uma única composição.
    Fiz do momento a necessidade de externar sentimentos,e como a lingua que não encontra palavras já não sabia a forma apropriada para contemplar tão bela inspiração.
    Trouxe com o vento e a conversa das arvores o sentimento de liberdade ainda não compreendido por outrem.

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